segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

governo brasileiro reconhece estado palestino

Um dos últimos atos diplomáticos do governo Lula foi, também, um dos mais importantes: o reconhecimento formal do Estado Palestino.
No mapa abaixo é possível visualizar como o território foi paulatinamente sendo ocupado por Israel, que hoje nega aos palestinos o direito a um Estado soberano.

Farsa revelada

"Vou fortalecer a Petrobrás e todas as empresas públicas" bradava diante das câmeras de televisão um candidato que se esforçava para parecer ter alguma proposta consistente que se contrapusesse à avassaladora desvantagem da comparação entre o governo tucano (1995/2002) e o governo do presidente Lula (2003/2010).
Nos bastidores, entretanto, onde muitas coisas são decididas sem que a população tenha conhecimento, o verdadeiro Serra se mostrava e procurava acalmar as empresas petroleiras preocupadas com o poder que a Petrobrás terá com a nova lei do petróleo.
Em dezembro de 2009, um telegrama diplomático dos EUA – publicado pelo sítio Wikileaks – dá a dimensão da lesa pátria de Serra e acrescenta mais uma mentira à sua extensa biografia (lembram que ele disse ter sido o criador do FAT, do bolsa família etc.).
O telegrama afirma que Serra garantiu à Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo, da Chevron que ele mudaria a lei do petróleo, tirando a soberania da Petrobrás e mantendo os leilões para as áreas do pré-sal. O ex-candidato tucano, como de costume, negou tudo.
O caso é revelador e mostra, mais uma vez, algumas das facetas de um quase presidente da República: diz uma coisa para a população e outra para lobbistas e empresários estrangeiros; nega, sempre que é pego de calça curta (lembram que negou conhecer Paulo Preto, seu assessor e responsável por desvios de milhões do governo paulista) e demonstra profundo desprezo pelo que é brasileiro, sentimento compartilhado pela alta camarilha tucana.
Durante a campanha eleitoral, o movimento sindical petroleiro alertou sobre o perigo de retrocesso que representava Serra presidente, na época já havia claros indícios de suas posturas contra a soberania energética do Brasil, em declarações de assessores diretos como David Zylbersztajn (cunhado de FHC e ex-diretor da ANP) e Geraldo Biasoto, responsável pelo programa do PSDB na área de energia.
O projeto aprovado no Congresso, de autoria do governo, não contempla todas as reivindicações do movimento sindical, ainda vamos travar batalhas para avançar na definição da lei do petróleo, mas caso o país tivesse hoje Serra como presidente eleito, a Petrobrás estaria com os dias condenados à mercê de um carrasco implacável com o que é brasileiro e subserviente com as ordens que partem dos EUA.
Crime contra o Brasil é a único termo que define atitudes de José Serra e seu PSDB.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CENA URBANA

Descia a rua Augusta quando uma senhora de meia idade tentava atravessar em uma faixa de pedestre com o sinal fechado para ela. No meio da faixa, entre as duas pistas, aguardava uma folga torcendo para não ser atropelada.

Um gari - aquela espécie que Boris Casoy, no final do ano passado, do alto de sua soberba, chamou de merda - a segurou gentilmente pelo braço e a ajudou a terminar o curto, mas perigoso, trajeto.

Fiquei a pensar se o âncora teria tal dignidade, ou fecharia o vidro de seu carro, acelerando para não ser contaminado pela humanidade dos que quase nada possuem.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Audiência pública para Comunicação

No dia 8 de dezembro, a Assembleia Legislativa de São Paulo realiza audiência pública para debater o projeto do deputado Antonio Mentor sobre a criação do Conselho de Comunicação do Estado. A criação de conselhos estaduais foi uma das propostas aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação, ocorrida em dezembro de 2009.
A mídia comercial tem feito todos os esforços para derrubar a implantação desses conselhos, acusando-os de restringir a liberdade de imprensa. Para os idealizadores, longe de ser qualquer tipo de censura, os conselhos representam um passo importante para a democratização dos meios de comunicação, hoje concentrados em uma dúzia de famílias. A audiência acontece no auditório Franco Montoro.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O sangue é da mulher, mas a ferida é de toda a sociedade!




O texto a seguir foi produzido pelas entidades sociais de Curitiba para o ato do dia 25, contra a violência contra a mulher. Texto gentilmente enviada pela Darli Sampaio, assim como as fotos deste post.

Dia 25 de novembro é Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. É um dia marcado no mundo todo por manifestações que reivindicam o direito a uma vida sem violência para todas as mulheres e afirmam em alto e bom som: VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: TOLERÂNCIA NENHUMA! São 16 dias de ativismo contra a violência.

A proposta de marcar o dia 25 de novembro como dia de luta pelo fim da violência contra mulheres surgiu no I Encontro Feminista Latino Americano e Caribenho, em 1981. Essa data foi escolhida para homenagear as três irmãs Mirabal (Maria, Patria e Minerva), da República Dominicana, que, em 1960, durante a ditadura Trujillo, foram brutalmente assassinadas.

Violência contra a Mulher é preciso mudar essa realidade!

A violência sexista é aquela que a mulher sofre por ser mulher, e geralmente é praticada por homens muito próximos dela, como maridos, namorados, pais, irmãos, ou ex-companheiros. A violência sexista existe porque ainda existe o machismo e a desigualdade.

25 de novembro – Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres O combate à violência contra as mulheres costuma esbarrar no medo que a vítima tem de denunciar. Dessa forma, muitas mulheres acabam sofrendo diversos tipos de violência por anos consecutivos. Desde gritos e agressões verbais, até agressões físicas e violência sexual. Em alguns casos, a violência leva à morte.

A luta das mulheres, que vem de décadas, conquistou no Brasil uma importante vitória, que é a Lei Maria da Penha (Lei Nº11.340/2006). A partir dela, os agressores das mulheres passam a sofrer penas mais duras, além de se facilitarem os caminhos para que as mulheres denunciem e possam sair da situação de violência. Agora, precisamos ir além. Precisamos construir meios para que a violência sequer chegue a acontecer. Para isso, é necessário fortalecer as mulheres, garantir autonomia e liberdade para todas. O combate à violência contra as mulheres costuma esbarrar no medo que a vítima tem de denunciar. Dessa forma, muitas mulheres acabam sofrendo diversos tipos de violência por anos consecutivos. Desde gritos e agressões verbais, até agressões físicas e violência sexual. Em alguns casos, a violência leva à morte.

Tipos de Violência Contra a Mulher

Sexual: forçar a mulher a ter relações sexuais e ou praticar atos sexuais que não a agradam (ou de forma agressiva); obrigá-la a ter relação sexual com outras pessoas ou presenciar outras pessoas tendo relações. Quando ocorre o estupro e abuso sexual, em casa ou fora dela, resultando também em lesões corporais, gravidez indesejada e problemas emocionais.

Familiar: sofrida dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural: pai, mãe, filho, marido, padrasto e outros. Física: ação ou omissão que coloquem ou causem dano à integridade física de uma pessoa.

Moral: ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação de uma mulher. Uma forma de violência velada é o assédio moral.

Psicológica: impedir uma mulher de trabalhar; se relacionar com familiares, amigos ou vizinhos; criticar seu desempenho sexual ou doméstico; desvalorizar sua aparência física; destruir ou esconder documentos ou objetos pessoais; manter outro relacionamento amoroso.

Sexista: violência que sofrem as mulheres, por sua condição enquanto mulher. Ocorre sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social patriarcal que subordina o sexo feminino ao masculino.

Material: não contribuir para a sobrevivência familiar, abandonar a casa deixando a família em desamparo ou sem assistência, quando a mulher está doente ou grávida

Para colocarmos um fim na violência sexista, é necessário construirmos um outro modelo de sociedade, baseado na igualdade entre homens e mulheres em todas as esferas de suas vidas, seja em casa, no trabalho, nos estudos, ou em qualquer outro espaço. O silêncio, a discriminação, a impunidade, a dependência econômica das mulheres em relação aos homens e as justificações teóricas e psicológicas toleram e agravam a violência para as mulheres.

Algumas reivindicações:
• Instalação da frente parlamentar de enfrentamento à violência contra a mulher
• Ampliação das delegacias de atendimento às mulheres
• Pacto de enfrentamento Estadual e Regional do Mercosul pelo fim da violência
• Instalação das casas abrigo no estado e nas fronteiras